Nathalia, alto mar.

Estávamos em alto mar. Eu e a Nathalia. Paramos para sentir o oceano sentados sobre nossas pranchas. As águas estavam um pouco agitadas, o dia estava claro mas o Sol não castigava. Eu poderia me alongar na descrição do ambiente mas única coisa que merece ser dita é o amor que senti por aquela surfista loira. Minha mente era toda silêncio. Enquanto escrevo faço umas pausas para remontar o momento, é como se eu ainda estivesse lá. Nesse dia, queria dar um presente a ela mas a única coisa que tinha era um pingente africano. Fiquei na dúvida se devia entrega-lo ou não, pois fora uma gratidão de outra pessoa para mim. Pensei um pouco, mas larguei mão para sentir o balanço do mar e a pele de meu rosto, ao mesmo tempo que eu contemplava o dela.

A casa... Na verdade, o barraco onde ela morava era escuro e pequeno, apesar de fresco. O chão era a própria areia da praia. Continuávamos perto do mar então ainda dava para ouvir o som das ondas. Pouca luz do Sol passava por entre as frestas das tábuas que ela aproveitava para olhar ao longe. A luz que invadia iluminava seu rosto parcialmente.

Sobre onde e como tudo isso começou eu não consigo lembrar, mas algo me dizia que essa história já tinha um tempo de idas e vindas. Acho que nesse dia ela disse que seu marido estava para voltar. O novo marido. Aquele corpo magro e os cabelos loiros eram compartilhados. Que confusão. O silêncio agora já não era tão agradável, mas triste. Ajoelhei e coloquei minha cabeça sobre seus pés. Que pele macia.

(Sonho 28/03/2017)

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Tão bom quanto escrever é ser lido. Vou tomar esse risco.

https://www.youtube.com/watch?v=dsDTJ__jioo

Consolo

Essa é a única foto que tenho dessa pintura por inteiro. Foi feita com outros dois amigos em uma festa no Ouvidor 63, uma ocupação realizada por artistas, que nem sei se ainda existe. De qualquer forma, foi uma noite incrível. Descobertas astronômicas!

Imensa gratidão por esse dia...

 

Pintura que dei de presente para meu irmão. Carregadíssima de significados, uma das que mais gosto.

Tenho encontrado grande conforto na pintura. Uma poderosa ferramenta de autoconhecimento.

Como fazer sua banda ter um melhor desempenho em pequenas / médias apresentações.

Após um tempo, trabalhando em casas de shows e realizando eventos, resolvi escrever este pequeno texto com dicas mais do que básicas, que podem ajudar sua banda a obter um melhor desempenho em seus shows. Para alguns pode parecer um tanto quanto superficial, mas, se realmente não houvesse a necessidade de relembrar certas condutas básicas, tenham certeza que, não perderia meu tempo escrevendo o que vem a seguir.

Vamos partir do princípio que a banda é entrosada e está relativamente bem ensaiada (é pré-requisito).

Muitos músicos tem o costume de subir ao palco, ligar seus respectivos instrumentos no “talo” e começam a tocar sozinhos. Além de revelar uma grande falta de profissionalismo, polui sonoramente o ambiente. O coitado do baterista monta tudo sem poder contar com a ajuda dos demais e o vocalista mal consegue testar seu microfone.

É legal ter em mente uma coisa: Peso é diferente de frequências graves e volume alto (essa vai mais para os guitarristas). Quanto mais grave você adiciona, mais “escuro” fica o timbre, sendo assim perde brilho e muita definição. Não ouvindo direito o que está sendo tocado, o músico aumentará cada vez mais seu instrumento, embolará com os outros e cobrirá a voz, que por sua vez pedirá mais volume e teremos aquelas indesejáveis microfonias.

Outro ponto importante é no tocante ao volume do amplificador, use apenas o necessário. Do ponto de vista técnico, quanto mais baixo, mais flexibilidade o operador de som terá para regular a banda. Se os músicos estiverem com dificuldades para ouvirem entre si, antes de mais nada, verifique se outro instrumento necessite reduzir volume, ou peça para o técnico aumentar sua via de retorno.

Então a dica é: prefira sempre atenuar ao invés de aumentar. Isso vale tanto para volume, como para freqüências.

Exemplo: Se seu som está com pouco peso, veja se não é caso de atenuar frequências médias / agudas ao invés de aumentar as graves.

Veja a tabela abaixo, ela fala por si só:

No que diz respeito a vocalistas, este item merece uma atenção especial. É comum pessoas sem técnica aventurarem-se nos palcos, mas operador de som (ainda) não faz milagre! A maioria dos pseudo-vocalistas não tem grande potência vocal, e a primeira coisa que pedem é “deixa bem alto”. Dificilmente resolvemos o problema assim. Conforme aumentamos o sinal do vocalista, podem surgir microfonias, forçando-nos a retornar o volume, fica um resultado muito instável. Arrisco dizer que a maioria esmagadora das novas bandas não possuem vocalistas que estudam com regularidade. Se seu objetivo não é seguir carreira, e você se recusa veementemente a fazer algumas aulas de canto, ao menos procure, com cuidado, um bom material na internet, tem muita informação útil.

Espero ter colaborado com quem nunca leu sobre o assunto, como disse, são dicas mais do que básicas, porém percebe-se como uma noção de áudio faz diferença na banda.

Bons sons!!

Guilherme Nordi Colosio